Encontrar a agulha no palheiro:
Como é que o SETI@home procura na work-unit por um provável sinal?
Vamos assumir que um sinal alienigena foi recebido e gravado, e está codificado num de muitos milhares de work units. Algures no mundo está agora a ser processado pelo computador pessoal de um fervuroso utilizador do SETI@home.
O que faz o programa SETI@home? O programa foi desenhado para distinguir sinais de banda estreita inseridos no ruido de fundo. Ele faz isto, partindo a banda de 10KHz da work unit em fatias mais finas, e testando-as para ver se conteem um sinal distincto, ou um pico ("spike").
O
SETI@home começa por procurar por sinais na mais estreita largura de
banda -0.075 Hz. Ele divide as work units de banda de 10 KHz em
finas fatias de 0.075 Hz e testa-as para presença de um pico
("spike"). Faz isto, utilizando um algoritmo conhecido como "Fast
Fourier Transform (FFT)", o qual determina a potencia exacta do
sinal numa determinada frequencia. O rectangulo colorido mostrado a
seguir é conhecido como o gráfico Frequencia-Tempo-Potencia. Sempre
que se enche completamente por pequenos blocos azuis ou vermelhos,
uma simples FFT foi completada, procurando os dados por um pico a
uma determinada largura de banda.
O gráfico Frequencia-Tempo-Potencia
Assim que completar um busca na largura de banda de 0.075Hz, o SETI@home avança para fazer mais quatorze outras larguras de banda - 0.15, 0.3, 0.6, 1.2, 2.5, 5, 10, 20, 40, 75, 150, 300, 600, e 1200Hz. Enquanto o programa percorre estas diferentes larguras de bandas vai reparar que os finos blocos que se movem pelo ecra se vão parecendo cada vez mais com sólidos blocos. A cada uma destas larguras de banda, o programa procura novamente por um pico que irá mostrar a existencia de um sinal escondido no ruido de fundo.